domingo, 11 de julho de 2021

INTOLERÂNCIA SOCIAL Por Madalena Konrad Vivemos num momento em nossa vida em que precisamos de coragem, de sabedoria, serenidade, por isso, examinemos uma vez e mais outras, antes de criticar os outros. Compreendo que minha vida está intimamente ligada a outras vidas, mas estou tendo a inteligência suficiente para entender que não posso mudar os outros, mas posso mudar, minha maneira de julgar, atuar e reagir. Classificar e julgar o outro estimula a raiva, o ódio; Comparações são formas de julgamentos; O que os outros fazem podem ser estímulos para os nossos sentimentos, mas não a causa deles; Estimular empatia ao observar e receber do outro, estando aberto ao diálogo nós não enxergamos as coisas como elas são, mas sim como nós somos. Damos significado às coisas e às pessoas, de acordo com nossas experiências passadas, crenças e valores formados. A partir da nossa interpretação sobre a situação, vamos ter sentimentos e comportamentos correspondentes. Sendo assim, se alguém expõe uma opinião contrária à sua ou toma uma ação que te desagrada, você sente raiva e reage na tentativa de combatê-lo, o que pode ser um sinal de intolerância de sua parte. E o que precisamos entender é que as nossas intolerâncias dizem respeito mais a nós mesmos do que ao outro. Todos temos, em algum grau, intolerância à alguma coisa Como afirmou Freud, “quando Joana fala de Maria, sei mais de Joana do que de Maria”. Ou seja, aquilo que falamos (ou mesmo pensamos e sentimos) sobre os outros, diz dos nossos próprios preconceitos e da nossa própria arrogância, em considerar que o nosso modo de ser e pensar é o mais correto e, por isso, deveria ser o único. Quando externalizamos nossa intolerância de maneira agressiva, é verdade que corremos o risco de magoar o outro e enfraquecer as nossas relações. Mas precisamos também entender quais prejuízos podem trazer para nós mesmos. Caso se livrar de julgamentos, adquirir conhecimento e melhorar os relacionamentos ainda não seja motivação suficiente para você querer desenvolver mais tolerância, talvez o impacto na saúde o seja. A raiva é a emoção mais associada à intolerância. E ao sentirmos raiva, nosso organismo começa a secretar em maior quantidade hormônios do estresse como cortisol, adrenalina e noradrenalina. O excesso de cortisol circulando no nosso organismo diminui os níveis de serotonina, neurotransmissor importante relacionado a sentimentos de bem-estar e felicidade, trazendo irritação, cansaço e problemas de memória. A médio e longo prazos, a circulação desses hormônios aumenta o risco de problemas cardiovasculares (como infarto e AVC), de problemas psiquiátricos (como depressão e ansiedade), acelera o envelhecimento precoce, favorece / agrava o diabetes e afeta o sono, o apetite e a libido. O exercício da tolerância, do acolhimento, do diálogo e das boas relações partem de decisões que tomamos ao longo dos dias. Estamos vivendo em um momento de crise e é importante acreditar que dias melhores virão e seguir fazendo nossa parte na construção do mundo que queremos. Essas mudanças podem começar pela maneira de nos comunicarmos e de praticar empatia. Praticar ações mais positivas e menos individualistas já representam bons começos. São essas pequenas atitudes no dia-a-dia que podem tornar mais receptivos os ambientes em que vivemos. Madalena Konrad Orientadora Educacional na Escola CEM Nova Esperança-Balneário Camboriú Mestre em Ciências da Educação com Ênfase em Gestão Educacional Pós graduada em Psicopedagogia e Educação e Sociedade Graduada em Pedagogia

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