quarta-feira, 9 de junho de 2021

O meio ambiente em extinção O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar, tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras - primeiro princípio da declaração e Estocolmo sobre o ambiente humano (1972). Muitas definições surgem: é o que está no meio, entre; o que une ambientes; o que é natural etc. Porém, muitos estudos epistemológicos não conseguem colocar as questões pertinentes na atual situação do nosso planeta Terra! O meio ambiente, considerado o planeta todo, infelizmente, possui dois contrastes gritantes hoje em dia: o ambiente humano e o natural, no qual, este último está perdendo espaço pelo crescimento populacional e a grande demanda de recursos naturais. O consumismo está degradando os recursos do planeta, esgotando-os e provocando graves e irreversíveis alterações (Brasil, 2002). Tudo isso, movido pelo sistema econômico que está no domínio de alguns e que detém as maiores riquezas do planeta, em detrimento de uma maioria que vive em situações de pobreza e de escassez de atendimento de suas necessidades básicas. O ser humano é o principal agente modificador do meio, adaptando-se rapidamente e modificando para atender às suas exigências e para satisfazer as suas necessidades primárias, porém precisamos das necessidades secundárias para a sobrevivência da espécie. Mas, ao mesmo tempo o ser humano possui um telencéfalo altamente desenvolvido, que lhe confere capacidade intuitiva e raciocínios complexos na interpretação e adaptação do ambiente que o cerca (cognição), com produção e repasse de conhecimentos (aprendizagem), valores e hábitos culturais. E, mesmo assim, mesmo como entidade social, somos a única espécie que se agride, destrói o ambiente pela busca do poder e da ascensão perante o grupo social, que é gerada unicamente pelo capitalismo, ou seja, a luta pelo poder de dominar o econômico. Isso tem como consequência um individualismo crescente, com ausência de preocupação com o próximo e descaso com a vida. Possuímos, além disso, agravantes à condição humana, como os preconceitos, mitos, medos, violência descontrolada, decadência da qualidade de vida etc. Para Vernier (1994), somos uma espécie em vias de extinção, devido ao nosso comportamento autodestrutivo, pois, ao destruir o meio ambiente, consequentemente destruímos a nós mesmos, sendo, portanto, considerados a entidade biológica que extermina, ou seja, o Homo exterminador. Somos seres possuidores da capacidade de sonhar, ter esperanças e produzir manifestações emocionais, o que nos leva a muitas conquistas nas últimas décadas, buscando o inexplorável, consequência de uma altíssima curiosidade, conferindo um sentido próprio de busca de respostas para nossas indagações acerca do planeta que é tua, nossa casa, a tua verdadeira mãe. Se nas próximas décadas não mudarmos a nossa consciência perante a natureza e aos cuidados com ela e, as sociedades não despertarem para a realidade das consequências de nossos atos perante o planeta, estaremos fadados e entrar em um processo de extinção irreversível, assim como acontece e aconteceu com as demais espécies que foram extintas, como em virtude de nossos atos egoístas, gananciosos e consumistas neste planeta. É preciso entusiasmo, mas, por outro lado, serenidade de ânimo, trabalho duro e sistemático. Para chegar à plenitude de sua liberdade dentro da natureza, e, em harmonia com ela, o homem deve aplicar seus conhecimentos para criar um meio ambiente melhor. A defesa e o melhoramento do meio ambiente humano para as gerações presentes e futuras se converteu em urgentemente refletir de uma consciência coletiva pois, cuidar, guardar, preservar é responsabilidade de todos nós. Madalena Konrad Orientadora Educacional Mestre em Educação com Ênfase em Gestão Educacional

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